quinta-feira, 30 de junho de 2011

Alguns famosos Bordeaux divulgam os preços da safra de 2010!

O Chateau Mouton Rothschild é mais um dos grandes franceses a divulgar o preço dos vinhos da safra de 2010. A empresa divulgou que apenas 35% do seu Grand Vin serão oferecidos para os “negociantes” e mostra uma estratégia sutil, mas visível, atrelando o preço tanto do seu Grand Vin, como do seu segundo vinho, aos preços do Chateau Margaux.
Sendo assim, o seu segundo vinho, Petit Mouton, custará algo em torno de €108 euros, quase o dobro do preço da safra de 2009, que foi inicialmente liberado por €60. E este valor é exatamente o mesmo do segundo vinho do C. Margaux, o Pavillon Rouge.
O Pauillac chegará a casa dos €600 euros, alcançando uma elevação de 9% quando comparado a safra de 2009 e atingindo exatamente a mesma faixa de preço do Chateau Margaux.
Ambos estes segundos vinhos dos grandes Chateaux ficaram muito abaixo do Carruades de Lafite que, apesar do preço de 2010 ainda não ter sido divulgado, poderá custar a bagatela de €300 euros, preço no qual a safra de 2009 anda sendo comercializada.
Enquanto muitos consumidores, como do Reino Unido, estão indignados com a pequena parcela liberada pela Mouton Rotschild, ainda tem que se contentar com o preço elevado dos segundos vinhos que já foram, em sua maioria, liberados.
O Pavillon Rouge, do C. Margaux, segundo os especialistas na área, mantém um padrão “ameno” nos últimos 20 anos, sendo que muitos apostam em comprá-lo em grande quantidade pois o mercado estará sempre de braços abertos. Em alguns lugares, o Pavillon Rouge 2010 poderá ser encontrado por, no mínimo, £1380 libras, a dúzia. E muitos vendedores dizem que nesta faixa de preço ele vende rápido, o que me leva a crer mesmo que a receita para o sucesso ainda é o preço “acessível”.
Outras divulgações ficaram por conta da Palmer, Chateau Vieux Certan e Troplong Mondot. A Palmer mantém exatamente o mesmo preço da safra anterior de €215 euros, o Chateau Vieux Certan traz um acréscimo de 13%, de €156 em 2009 para €180 em 2010, enquanto o Troplong Mondot 2010 poderá sair por €98,4, aumento de 9,3% quando comparado aos €90 praticados no ano anterior.
Assim que novos preços forem divulgados, você poderá conferir por aqui. Fica a ressalva de que você deve primeiro abrir a carteira, para então abrir um grande vinho...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Garrafa de vidro vs. plástico: Análise crítica e perspectivas futuras

Alguns produtores de vinhos menos renomados da Nova Zelândia, Estados Unidos e até mesmo da França estão optando por garrafas plásticas ao invés de garrafas de vidro, segundo a alegação de que são mais leves, mais favoráveis ao meio-ambiente e, segundo eles, de que não são ruins para o vinho... Será?
De fato, o PET, ou politereftalato de etileno, pode dar origem a garrafas 100% recicláveis, inquebráveis, mais leves e melhor para o trasporte que o vidro, além de necessitar de menos energia (da tradução livre: custo) para sua criação.
            Michael Wentworth, da New Zealand's Yealands Estate, é um dos partidários das alterações no mundo dos vinhos, onde ele relatou que “nossa empresa vê o plástico como o novo passo positivo, em termos de energia de produção, além de ser 89% mais leve e reduzir a emissão de carbono da indústria”.
            O próprio afirma que os recipientes de plástico não mudaram o sabor do Yealands, pois seus Sauvignon Blanc e Merlot, ambos engarrafados em plástico, foram muito bem em competições de vinhos degustados à cega.
            Nos EUA, ao oeste do estado de Oregon, a Naked Winery é outra das que apostam na nova proposta, onde utilizam os vinhos engarrafados em PET há mais de um ano, atendendo a um novo conceito de “vinhos verdes” (claro, eu mesmo inventei a terminologia, mas Portugal que se cuide, já me adianto). David Barringer, um dos enólogos desta empresa, divulga o seguinte slogan: “Eu gosto de andar muito com a minha mochila, e o vinho que eu carrego nela posso beber a qualquer hora e fica perfeito”.
E aí eu peço muita calma, quanto aos próprios termos nutricionais você deveria beber água, meu caro amigo David, pois você precisa de hidratação e não de uma bebida diurética. Sou apenas eu que prefere o vinho em um local tranqüilo, bem guardado e em condições favoráveis? Isso me soa mais como um produto que ainda estão tentando achar a melhor saída de marketing, pois apenas as questões ambientais não parecem aguçar o sentido dos consumidores.
Ambas as vinícolas supracitadas utilizam garrafas de 750mL e, pelo fato de parecerem menores quando comparadas as originais, de vidro, alguns produtores estampam os “750mL” em letreiros chamativos, para que o consumidor não pense que está comprando uma menor quantidade. E nisto eu também sou conservador, pois a imagem conta e bastante. Só faltaria pegar uma garrafa plástica de vinho, com letreiros grandes dos “leve 900mL, pague 750mL: 150mL grátis”. Imagina?
E falando nisso, apesar de toda a conveniência das garrafas de plástico, elas têm enfrentado um problema de imagem com muitos consumidores, que ainda preferem seu vinho na garrafa de vidro.
Enquanto a Boisset Family Estates vende os seus California Fog Mountain Merlot e o Yellow Jersey em garrafas de plástico na América do Norte, seu próprio Beaujolais Nouveau teve menos sorte, onde muitos consumidores declararam preferi-lo nas garrafas convencionais.
Recentemente, o próprio Instituto de Ciência da Vinha e do Vinho (da livre tradução de Institute of Vine and Wine Sciences), situado em Bordeaux, levantou preocupações sobre a qualidade do produto depois de constatarem por uma pesquisa que, um vinho branco estocado em plástico ficou fresco por apenas seis meses.
Marc Kaufman, da empresa EnVino, fabricante de garrafas PET para algumas vinícolas como a Boisset e a Naked, rejeitou as conclusões do estudo, dizendo que as garrafas de plástico não são destinadas para vinhos caros, que precisam ser engarrafados anos antes de serem consumidos. “Estes vinhos representam menos de 10% do mercado. Queremos estudar a outra parcela”, relata ansiosamente. Vinhos com prazo de validade declarado?
Em algumas coisas, concordamos.
Para os bons entendedores, não é toda garrafa que basta.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Curtas da semana #8: Consumo mundial de vinho em alta mas produção em baixa, França vs. Itália, Brasil pelo mundo e mais!

Onde você costuma acompanhar algumas notícias do mundo do vinho? Claro, na coluna Curtas da Semana, então aí vão algumas novidades que foram divulgadas na semana passada, entre os dias 19 a 26 de Junho:

            Produção global em baixa e consumo em alta
Apesar da produção global de vinho ter sido mais baixa, foi constatado que o consumo mundial teve um leve acréscimo. Em números: o mundo vinícola perdeu cerca de 0.8% de superfície plantada em 2010, sendo que a produção atual caiu para os mesmos níveis de 1998, cerca de 263,8 milhões de hectolitros. Embora esta redução seja significativa, o setor de vinhos ainda pode continuar confiante nos consumidores, pois o consumo mundial de vinho aumentou cerca 0.4%, aingindo 238 milhões de hectolitros, quebrando a tendência descendente encontrada desde 2007. Vale ressaltar que, entre os 5 principais mercados, apenas EUA, Alemanha e China experimentaram o prazeroso sabor deste aumento no consumo...

França x Itália
Não, não se trata de uma final em nenhum esporte, mas agora é definitivo: Segundo a Comissão Europeia, no ano passado, a Itália produziu 4,96 bilhões de litros de vinho, em comparação com 4,62 bilhões de litros da França. Isso é uma queda de um por cento na produção para a França em relação a 2009, o que faz da Itália o maior produtor mundial de vinho. Além disso, a produção italiana e as exportações do vinho espumante proseco superou a da região de Champagne, em 20 bilhões de litros. As bolhas francesas estariam prestes a estourar?

Bordeaux escoando...
Os vinhos Bordeaux da safra de 2010 estão escoando, ou seja, vendendo tudo e rapidamente! Como costumo dizer, acho que tudo isso tem a ver com o apelo triplo destes vinhos:
1. Qualidade: inquestionável
2. Escassez: são liberados uma vez por ano, o que aumenta sua concorrência
3. Produção: a maioria dos grandes vinhos da região são feitos com uvas de videiras de mais de 100 anos de idade, históricas e exigentes quanto ao clima e condições ambientais
A procura é alta e a concorrência ainda maior. Quem são os maiores compradores, acho que não preciso nem dizer: China!

Brasil pelo mundo
A Vinexpo - que se realiza em anos alternados entre Hong Kong e Bordeaux - encerrou, depois de 5 dias, na cidade francesa, com os organizadores afirmando que receberam 48.000 profissionais durante o evento, 3% a mais do que a última edição por lá realizada, em 2009.
Ao terminar a 30ª edição da maior feira de vinhos do mundo, as conclusões imediatas são que consumidores do Canadá, China e Suécia encontrarão mais vinhos brasileiros em suas prateleiras; o consumo de vinhos deve aumentar na Grã-Bretanha, Estados Unidos e Canadá; e a Ásia deve se tornar um importantíssimo mercado.
Enquanto isso, consumidores de 10 países de todas as partes do mundo, incluindo China, Suécia, Bélgica e Canadá poderão experimentar as novas safras das vinícolas brasileiras, país que é o 5º maior produtor de vinhos do hemisfério sul. México e Venezuela também importarão vinhos brasileiros pela primeira vez.
Vai Brasil!

A nova classificação de St. Emilion
A nova classificação de St. Emilion foi finalmente assinada pelo governo francês. Todos os chateaux, incluindo os tops, grand cru e grand cru classe serão provados às cegas e todos os vinhos serão avaliados pelo sabor, terroir, parcela de mercado e sua reputação. Nova classificação em andamento...

Bons vinhos a todos...
Até a próxima!

domingo, 26 de junho de 2011

Pinot Noir: Uma uva histórica, complexa e elegante

A emblemática Pinot Noir tem suas raízes na região da Borgonha, sudoeste da França. É uma das uvas que recebe uma grande atenção pois dela são produzidos alguns dos melhores vinhos do mundo, como tintos, espumantes e as famosas champanhes.
Na Borgonha, por exemplo, são produzidos vinhos bastante admirados em todo o mundo, entre os quais estão o Romanée-Conti, Volnay, Clos de Vougeot e outros tantos grands crus. Enquanto isso, na região de Champagne, França, esta uva faz parte do corte que resulta no renomado champanhe.

Vinhos e características
A Pinot Noir tem bagas pequenas e sensíveis, carne macia e um preto arroxeado e, apesar de todos estes vinhos de sucesso, é uma uva de difícil cultivo, complexa para se manusear e ainda mais para resultar em um vinho de qualidade.
Esta uva, em geral, é quando bem manuseada pode dar vida a vinhos com sabor e elegância característicos, bastante complexos, com aromas intensos e, em alguns casos, que evoluem muito bem com o passar dos anos. Não é a toa que a partir dela são produzidos alguns dos vinhos mais famosos e caros do mundo.

Visual
A Pinot Noir tem uma cor exclusiva, com um vermelho ligeiramente opaco, ressaltando um brilho único entre todos os vinhos. Como quase todos os demais, a cor muda com o envelhecimento, se um jovem Pinot Noir é vermelho rubi ou roxo; um vinho de 8 ou 10 anos irá mostrar uma cor ocre laranja.

Olfato
O vinho Pinot Noir é um dos mais aromáticos entre todos, um fato para adicionar à sua excelência. Salta imediatamente ao nariz os aromas de berry, como morangos, amoras, framboesas, ameixas e cerejas. Também podemos distinguir aromas de alcaçuz, couro e violeta, que são marcantes quando os vinhos são envelhecidos em carvalho. E podemos reduzir sabores primários, como groselha preta e trufas.

Palato
Os vinhos de PN tendem a ter uma estrutura que destaca seus taninos. Sabor sutil, fresco e com nuances frutadas, acidez viva, mas sem ser agressiva.

Popularidade
Nos anos de 2004 e 2005, a Pinot Noir tornou-se muito mais popularmente conhecida entre os consumidores de países como Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Ásia, por ser a estrela do filme “Sideways – Entre umas e outras”.
Para reforçar toda esta importância ao redor desta emblemática casta, nesta mesma época, o renomado crítico Robert Parker declarou, de boca cheia, em seu guia Parker´s Wine Buying Guide: “A Pinot Noir produz os vinhos tintos mais complexos, hedonistas, emocionantes e surpreendentes do mundo”...

Cabernet Sauvignon x Pinot Noir
A PN é o contraponto da especialíssima Cabernet Sauvignon que, francesa como ela, conquistou o mundo inteiro e é hoje sinônimo de vinho tinto. Enquanto a CS produz caldos encorpados, profundos e com muita intensidade, a PN sempre traz exemplares com mais aromas e uma elegância que não consegue ser alcançada por nenhuma outra uva. Uma das mais significativas diferenças entre as duas está no desenvolvimento na vinha. Enquanto a Pinot Noir necessita de clima frio e tem maturação mais rápida, a CS consegue se desenvolver bem em climas quentes e é uma das mais tardias a amadurecer. A difícil adequação da Pinot Noir às condições climáticas é uma das razões de não termos muitas regiões do mundo com vinhos destacados. Clima quente produz vinhos que beiram a marmelada, perdendo todo o seu caráter.
Em adição a essas características, a PN tem, normalmente, menos taninos e pigmentos que uvas como a própria Cabernet ou até mesmo Syrah, produzindo quase sempre vinhos mais claros. Não há como negar que, tanto no processo de desenvolvimento da vinha quanto no processo de vinificação, essa uva requer muito mais trabalho e dedicação se comparada com qualquer outra que produz vinhos tintos.

Pelo mundo...
Apesar do difícil cultivo e do desenvolvimento preferencial em climas frios, a PN saiu da França e se adaptou muito bem em países como: Espanha, Itália, Austrália, Chile, Argentina, Nova Zelândia, África do Sul, Califórnia, Áustria, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Suiça e EUA.
Quatro países que também têm concentrado esforços em produzir vinhos tintos a base desta uva. Dentre os quais o mais destacado é a Austrália, que não tem especialidade em Pinot Noir, mas vem produzindo bons exemplares a bons preços.
O Canadá vem produzindo vinhos de média a boa qualidade e, ultimamente, realizou marcantes saltos neste quesito.
O Uruguai, um país pequeno, mas com boa tradição na produção de vinhos, tem colocado a Pinot Noir no mapa. Os primeiros resultados são interessantes, mas o tempo dirá o real potencial da região.
E claro, o Brasil também está na luta, e tem tido uma boa performance na produção da uva em questão, mas tudo que é difícil no mundo inteiro aqui é potencializado devido a quase ausência de climas adequados. Além de boas garrafas provenientes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina vem despontado com bons exemplares nos últimos anos.

Informações gerais
Geralmente, os vinhos tintos de PN devem ser servidos em temperaturas entre 14 e 15 graus. Se o vinho tem mais de 08 anos, a temperatura deve ser de 15 graus, enquanto dependendo da harmonização, a temperatura pode ser ao redor de 16 graus.
A graduação alcoólica de bons vinhos de PN fica na casa dos 12-13%.

A combinação perfeita...
Os vinhos PN são perfeitos com aves como galinha, frango ou pato, especialmente quando são preparados com ervas aromáticas e assados. Esta uva ainda permite a harmonização com peixes como atum e salmão, além de alguns peixes de água doce, cozidos no vapor ou levemente grelhados. Quando for combinar com queijos, opte pelos semi-duros.
Lembre-se apenas que, mesmo se tratando de um bom rótulo de PN, o vinho não deve ofuscar a comida, e vice-versa. Eles devem completar-se em um casamento infinito de sabores e aromas, enquanto durar.

Para finalizar...
E você, já provou bons vinhos de PN? Qual o seu preferido? Qual o grande vinho degustado? Conte para o “Histórias e Vinhos”!

Um texto rico em prazeres, como uma boa taça dos bons rótulos de Pinot Noir.
Um brinde e até a próxima.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O vinho com sabor de goma de mascar: Fraude na certa...

A notícia é estranha e causa uma certa preocupação, mas uma goma de mascar (o famoso chicletes) foi encontrada em uma garrafa de vinho rosé, em uma loja em Liverpool. Veja a foto do vinho abaixo.
Após o azarado sortudo ter encontrado este brinde inusitado, e um tanto quanto nojento, ele relatou aos oficiais que invadiram a loja e apreenderam 50 garrafas deste vinho, que estavam a venda por £ 5 cada.
O achado causou tanta estranheza que foram enviados para análise, sendo que os testes iniciais mostraram que se tratava de vinhos fraudados, já muito oxidados e cheiro de vinagre. Todas as garrafas fraudadas apreendidas eram de marcas conhecidas, como Echo Falls, Hill Blossom, Kumala e Hardy.
            As garrafas tinham uma tampa de rosca de metal, mas sem a cola especial para o metal, outra grande diferença quando comparada a original.
            Bom, se encontrar uma goma de mascar em seu vinho, pode desconfiar, tem alguma coisa errada, pois ainda não criaram um vinho aromatizado com o famoso chicletes.
            Fraudes e falsificações. Não.

A foto contendo a goma de mascar. Pelo visto, muito mastigada!!!!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Quando o assunto é vinho, as mulheres concordam... em discordar!

Um estudo realizado pela Vinexpo recentemente, sobre a relação das mulheres do Reino Unido, França, Alemanha, Hong Kong e EUA com o vinho, mostrou que as diferenças culturais são um importante fator para a diferenciação no que diz respeito as preferências pelo tipo de vinho e no momento da escolha.
Em que as mulheres concordam? A resposta é única: Elas preferem o vinho tinto ao vinho branco. Além disso, a pesquisa mostrou que elas também são responsáveis pelo impulsionamento da venda de vinhos rosé: 16% das entrevistadas declararam que o vinho preferido são os rosés, enquanto em 2009 este número não passava dos 6% (um aumento de 160% em 2 anos, nada mal).
Aproximadamente 70% do público feminino bebe vinho em caráter de socialização, em reuniões com amigos ou outros, enquanto apenas 68% declararam que o vinho é importante e essencial em um jantar romântico. Quem lidera essa tendência são as francesas, onde 50% disseram que não iriam a um encontro a dois sem um pouco de vinho... É mole? Ah, e as francesas são seguidas de longe pelas mulheres britânicas e de Hong Kong, que afirmaram o mesmo, com 10% e 5%, respectivamente.
Quando questionadas sobre o mais importante para a escolha de um vinho, algumas brechas no consenso feminino abrem portas para as diferenças culturais, o que seria esperado. O país de origem foi eleito como primeiro critério por 70% das mulheres francesas, citado como importante por apenas 50% das britânicas. Nos EUA, a variedade de uva foi citada como o critério mais importante para a escolha do vinho. Enquanto isso, em Hong Kong, o mais importante foi o preço (58,5%) e o país de origem (67,8%).
A maior diferença entre as respostas apareceu na pergunta: “O vinho é parte da tradição ou parte do estilo de vida?”. As americanas responderam, em alto e bom tom, que o vinho faz parte do estilo de vida... Já as francesas, é claro, declararam que é parte da tradição.
A pesquisa é uma ferramenta de marketing interessante, pois foi realizada online nos 5 países, em parceria com o site de diversas revistas conhecidas, como: Elle (França e Hong Kong), Konsum Göttinnen (Alemanha),  Wine Enthusiast (EUA) e Decanter (Inglaterra). Curiosamente, as revistas da França, Alemanha e Hong Kong não são relacionadas com o vinho, mas são mais pendentes ao estilo de vida, onde as porcentagens que relacionaram o vinho a tradição foram altas. Enquanto isso, no Reino Unido e nos EUA, apesar das mulheres pesquisadas serem leitoras de revistas especializadas em vinho, elas o elegeram como um estilo de vida.
Como a pesquisa teve a utilização da internet como ferramenta principal, alguns dados puderam ser observados, como o fato das mulheres consumidoras de vinho, com idade entre 18-30 anos, estarem usando mais a internet hoje em dia, um aumento em torno de 14%. Cada vez mais a internet desponta como um meio para o descobrimento do vinho, em todas as vertentes. Apenas as francesas que ainda não estão seguindo esta tendência, pois apenas 3% fazem buscas ou compras online de vinhos.
E eu finalizo com um pensamento importante: Das maiores diferenças, a inesquecível beleza de viver.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Curtas da semana #7: A personalidade do vinho tupiniquim, Brasil na Vinexpo, Austrália em: a grande colheita, águas de maio, e outras...

O slogan você já sabe: O Brasil, o mundo e o vinho conectados e reunidos em algumas linhas! Mas as notícias da última semana (de 12-19.06) você conhece agora:

E o Oscar Tupiniquim vai para...
Primeiro de tudo, usar o “tupiniquim” para representar o Brasil está errado, não façam como eu faço. Mas para atrair vossa atenção, tive que abusar desta velha metonímia e, afinal, agora você está aqui. Deixando isso pra lá, a pesquisa promovida pelo Enoeventos mostrou que Marcelo Copello é o nome do vinho atual no país. Confira a lista completa no site. Parabéns aos indicados e aos 10 da lista. Diria mais, um oscar para todos aqueles que estão envolvidos com o vinho brasileiro, de maneira direta ou indireta, em maior ou menor escala, mas aqueles guiados por um único objetivo:  A valorização do vinho brasileiro!

Brasil + Vinexpo = Dobro das exportações
Estreantes na Vinexpo há dois anos, os jovens e vibrantes vinhos brasileiros voltam à feira em Bordeaux, na França, do dia 19 até quinta-feira (23), com sólidos resultados alcançados no período e a perspectiva de aumentar em 90% suas exportações em 2011. Que as previsões se tornem realizações...

Austrália em: A grande colheita!
Este é o filme da vida real que está passando na Austrália, que foi premiada em 2011 com uma grande colheita, com rendimentos superiores as melhores expectativas. Como tudo na vida, temos os dois lados. Neste caso, temos que lembrar deste ditado de minha autoria, recém-criado: “Não produza mais do que pode vender”. Como a colheita é muito maior do que o esperado de vendas em 310 mil toneladas, que impulsionam as exportações. Na Austrália, a palavra do momento virou: Aproveitamento.

Águas de maio
São as águas de maio, impulsionando a produção... Aquém da similaridade com uma música famosa, as chuvas de maio colaboraram muito com a manutenção de um clima propício para a plantação de uvas. Embora ainda muito dependente do verão, o clima que prevalece indica um ano positivo para grande parte da plantação mundial de uvas. Os produtores estão cautelosamente otimistas, diria assim.

India emergente!
E já que estamos falando em grandes produções, ai vem a Indía despontando como a 9ª maior produtora de uvas em todo o mundo, com colheita estimada de 18.8 milhões Kg de uvas em 2010. Está registrado.

Bordeaux diz “au revoir”
Com toda a crítica positiva e a demanda dos Bordeaux de 2010, que estão, no mínimo, cobiçados e desejados, eles entraram em um ritmo de “au revoir” para boa parte do mercado mundial. E China agradece.

domingo, 19 de junho de 2011

Itália vinícola em cores: Mapa ilustrado!

Confiram o mapa ilustrado dos vinhos italianos, retratado pelo artista Antoine Corbineau. Uma arte colorida, completa, atrativa e original. Agora você tem um bom material para consultar de que região da Itália veio aquele delicioso vinho degustado... Para visitar seu site e visualizar mais detalhes do mapa, clique aqui


sábado, 18 de junho de 2011

Uva: um alimento eficiente contra o câncer de cólon

Pesquisadores da Colorado State University podem ter descoberto novos dados importantes sobre o potencial do consumo de uva no combate ao câncer de cólon. O estudo analisa a forma como compostos de duas diferentes partes da uva, pele e sementes, podem agir de maneira sinérgica para interromper a proliferação das células de câncer de cólon, deixando as células saudáveis ilesas.
Embora o potencial do resveratrol, composto presente na casca da uva, e alguns compostos presentes nas sementes da uva serem bem elucidados quanto ao potencial de evitar o crescimento das células de câncer de cólon, os cientistas ainda não sabiam qual a ação destes compostos combinados, se poderiam potencializar ou minimizar seu efeito. O estudo mostrou que os compostos devem trabalhar juntos no combate ao câncer de cólon, tornando o todo da uva um alimento muito importante e eficaz no combate a este tipo de câncer.
“A combinação das substâncias presentes nas duas partes da uva, na proporção correta, causou uma força de auto-destruição ainda maior nas células cancerígenas”, relatou Jairam Vanamala, professor assiste do Departamento de Ciência de Alimentos e Nutrição Humana da CSU. “O mais importante foi verificar que esta combinação não foi tóxica para as células saudáveis, mas apenas para as células do câncer de cólon. Quando os compostos são administrados sozinhos, o efeito não é tão eficaz”, acrescentou.
A partir do constatado neste estudo, os cientistas estão desenvolvendo um suplemento a partir do material, que será englobado em uma cápsula de pectina. Desta forma, os compostos serão absorvidos de forma correta pois a pectina não é digerida no intestino. O próximo estudo do grupo será estudar o impacto do composto em células-tronco cancerígenas, que teriam relação direta com a decorrência do câncer.
O estudo foi financiado pelo College of Applied Human Sciences Challenge Grant e o National Research Initiative Grant do National Institute for Food and Agriculture. O trabalho foi publicado na edição de elite da revista Frontiers in Bioscience.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Tudo o que você precisa saber para selecionar um vinho: Guia básico

O “Histórias e Vinhos” criou um pequeno guia básico para ajudar todos os indecisos na hora de escolher qual vinho comprar. Esta hora deve ser, no mínimo, tranqüila e sem complicações. Então, lembre-se sempre deste resumo do que você precisa saber:
            - Não tenha medo de confiar nos especialistas. Muito pelo contrário.
            - Opte por vinhos de regiões e variedades que aprecia.
            - Gaste seu dinheiro com sabedoria: O preço não é tudo.
- Leia sobre o vinho, para conhecer alguns detalhes adicionais.
- Deguste lenta e prazerosamente, para apreciar suas complexidades.

Todas as vezes a que somos destinados a uma escolha, ao mesmo tempo, estamos sujeitos a dois destinos: o erro ou o acerto. Se considerarmos a noite como o 100%, a escolha da(s) garrafa(s) de vinho poderão somar mais pontos para você (isso quando estamos considerando de que o vinho será parte integrante, e não uma noite apenas para a degustação de vinhos).
Seja qual for a ocasião, uma simples reunião com os amigos para comer uma pizza, um jantar mais requintado para os convidados ou um jantar romântico a dois, escolher o vinho certo terá um impacto muito grande para a ocasião e, em outra escala, refletir um pouco de você.
Pelas fontes de vinho em geral, você poderá encontrar uma série de regras para a sua escolha, que fazem com que este processo de seleção se torne um ato envolvido com equações de risco. Mas, felizmente, o que o Histórias e Vinhos quer com este guia básico é facilitar o seu processo, com menos regras e mais prazer.
Você pode se basear no texto aqui desenvolvido mas sempre e, principalmente, use o bom senso. Ele te guiará como ninguém! E assim o resultado será positivo, pois cada vez que você fizer o estalo da garrafa sendo aberta trará sorrisos sinceros aos seus convidados e tornará o momento inesquecível enquanto durar.
            Vamos a algumas dicas:

            Pergunte a um especialista:
            O mais importante deste item é para todos aqueles que não conhecem muito sobre o mundo do vinho e estão assumindo o comportamento de que sabem, aí sim poderiam estar assumindo riscos desnecessários.
            Convenhamos: Pedir conselhos nunca é demais. Ainda mais quando se trata de pessoas entendidas no assunto, como aquele sommelier preparado do restaurante ou o vendedor vivido da loja de vinhos. Quem lê o seu raio-x? Quem cuida dos seus dentes? Quem arruma o seu carro? Temos profissões específicas pra tudo e com os vinhos não é diferente. Vamos valorizar cada vez mais estes profissionais.
            Mantenha a mente aberta para as sugestões que receber. Só porque nunca ouviu falar de determinada variedade de uva, ou daquele produtor, não significa que você deve fugir daquela garrafa. Muito pelo contrário, porque não prová-lo? Se ouvir as dicas e as combinar com sua prática e experiência (como descrito na sequência), melhor ainda, pois vai colocar em prática o que considerar melhor, mais adequado e prazeroso para cada situação. Uma escolha bem feita, considerando outras idéias, não vai minimizar em nada seus méritos.

            Lembre-se do seu histórico
            Há tanto vinho lá fora. De tantos valores, cores e sabores, que é imperativo que você preste muita atenção a tudo o que está em sua taça. Como a quantidade nem sempre é sinônimo de qualidade, portanto temos que lembrar que há muita coisa boa e muita coisa ruim por aí. Preste atenção na definição otimista que faço: os vinhos ruins também são importantes, pois assim damos ainda mais valor ao que realmente presta. Mas, claro, que sempre tenhamos surpresas agradáveis.
            Qual vinho para qual prato? Região? Uva? Faixa de preço? Quantidade? No começo pode ser difícil, mas com a prática você começará a ter uma linha de raciocínio prática e um banco de dados das suas degustações que será muito útil para as mais diversas ocasiões.
Todos os aromas, sabores e texturas armazenados na sua experiência no vinho o farão tomar decisões positivas.

            Confie no seu paladar e nos grandes vinhos degustados
            O vinho deve trazer um pouco de você e expressar o momento. Um chance para que o vinho aberto possa fazer com que o momento seja ainda mais prazeroso, independente da ocasião. Portanto, seja fiel aos seus gostos, e deixe a influência de críticos e resenhas em segundo plano.
            Calma, os críticos são importantes e úteis, suas opiniões podem servir como bons guias no momento da escolha. Mas não assuma que você gosta apenas do que um crítico diz. Abra a mente.
            Goste do novo, se impressione com o que te chamar a atenção e pronto. Não tenha medo de dizer que ama uma garrafa de 30 reais. O prazer pelo vinho é tão subjetivo como qualquer outro sentimento e, no final, o que mais importa é que todos possam compartilhar bons momentos provenientes daquela garrafa. O resto, é resto.

            Não seja tão fiel assim...
Este item também poderia se chamar: Arrisque mais nas novidades, aposte no diferente e dê mais chance ao inusitado. Não importa se é o mais apaixonado pelo vinho ou aquele renomado profissional da área, todos têm suas preferências. Por um lado, isso é ótimo. Sempre uma porta aberta, um tiro certo, um bom investimento. Entenda como quiser, mas o que quero aqui é apresentar o outro lado da moeda.
É bom quando nos deixamos livre para escolher coisas diferentes. De uma região menos famosa, de uma vinícola menor ou de um produtor desconhecido. Quem sabe o que vem daí? Vale arriscar? Vale o preço? Por que não? Rótulos diversificados podem ser sinônimos de experiências diversificadas.
Não seja fiel aquela velha história de que vinho bom é vinho caro. Não seja fiel aquela outra história de quanto mais velho, melhor o vinho.
Você ficará surpreso com as experiências que descobrirá apenas quando abrir a sua mente e completar sua taça com vinhos diferentes, completando com as histórias e risadas das suas visitas à sua mesa, repleta de tudo o que é bom. O que é bom? Ah, isso você já aprendeu aqui: simplesmente o que você achar que é.

            Leia, leia muito!
            Informação nunca é demais. Com ela você ganha conhecimentos que pode colocar à prova, na prática. Com ela você ganha informações diversas, curiosidades e por aí adiante.
            Use e abuse das revistas especializadas, dos blogs da área e dos infinitos livros específicos. Faça como quiser, apenas com a certeza de que todo o material “consumido” seja realmente bom e torne-se importante para o seu conhecimento e que te permita moldar um mundo do vinho de horizontes amplos e repleto de informações.
            E não recomendo apenas estes canais de leitura, pois não podemos nos esquecer de uma coisa importante: Leia os rótulos. Ele pode nos dar informações valiosas, como o seu corte (e a partir daí a interação e proporção de cada variedade podem dar indícios do resultado esperado), o seu ano (no mundo do vinho isso é importante. Anos bons e ruins, safras abaixo do esperado ou grandes atrações) e mesmo a sua região (que pode dizer muita coisa, de qualidade, de história, tradição e até mesmo do preço, pois convenhamos que ver estampado Califórnia, pode não ser tão impactante como Napa Valley, ou as denominações francesas e por aí em diante).
A vida daquele vinho pode ser completada com suas informações e visual. Procure por detalhes interessantes e que te acrescentem mais informações sobre aquele produto.
Ler sobre o assunto ajudará muito, seja na sua formação ou na sua paixão. E é fato: O rótulo pode guiar o seu caminho na hora da escolha.
    
            Aproveite!
Esta dica não precisa de texto, e quem sou eu para tentar definir um momento tão singular? Apenas aproveite! Deguste lenta e prazerosamente, para apreciar cada detalhe do vinho, de suas nuances e prazeres.

A todos vocês que gostaram deste guia, que os bons vinhos escolhidos e degustados te tragam grandes histórias para a vida!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Curtas da semana #6: Aportando no Brasil, Champagne precoce, campeão de vendas nos EUA é um italiano e vinhos europeus são superiores?

E aqui vai mais uma edição da coluna “Curtas da Semana”, com algumas informações do mundo do vinho, publicadas e divulgadas no período de 05-12/06/2011.

Aportando no Brasil
As vendas de vinho do Porto para o mercado brasileiro acumulam nos primeiros quatro meses deste ano um crescimento superior a 46% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Apesar do aumento considerável, o Brasil ainda é o 11º destino destes vinhos. Rumo ao Top 10, Brasil.

Ação inovadora para o dia dos Namorados
A Vinícola Perini aposta no romantismo das mensagens estampadas nas rolhas de seus vinhos para marcar a passagem do Dia dos Namorados e a campanha de divulgação de inverno. A ação, inédita no mercado brasileiro, traz 15 célebres frases sobre o sentimento de compartilhar um vinho. As mensagens, gravadas em milhares de rolhas da linha de vinhos finos Casa Perini, foram elaboradas por especialistas e enófilos, e fazem parte do projeto "Rolhas Inspiradas". Visite o site: http://www.vinicolaperini.com.br/.

Vinhos europeus são superiores?
A notícia desta semana foram as indagações publicadas em alguns jornais europeus, que indagavam em letras garrafais: Os vinhos europeus são superiores? O que você considera? Qual a sua opinião?

Champagne precoce
A safra 2011 de Champagne pode ser a mais precoce desde 2003. As férias de Agosto na região já foram canceladas, na expectativa de uma colheita prematura, principalmente porque o clima quente de Março-Maio ainda prevalece. A falta de chuva ainda pode acelerar a data prevista, entre 16 a 21 de maio. E mais do que nunca a genialidade dos enólogos será colocada em prática!

O campeão de vendas nos EUA é um italiano!
É isso ai, o campeão de vendas nos EUA é um italiano: Moscato d´Asti. A venda dos espumantes italianos está borbulhando no solo americano, acompanhando o verão que impera na região. A importação destes vinhos aumentou cerca de 73% de 2005 a 2010 e as vendas do Moscato d´Asti, em particular, cresceu mais de 50% em 2010. Suas características atraem os americanos, delicadamente doce, com o álcool contido, os sabores de frutas vibrantes envolvem o palato, sublinhada por uma acidez refrescante. O Big Mac dos vinhos!

Até a próxima semana!

domingo, 12 de junho de 2011

Um dos benefícios contidos dentro de uma taça: A beleza!

O vinho e a beleza...

Uma taça de vinho no happy hour com os amigos, ou no jantar romântico com a pessoa amada, tem diversos benefícios conhecidos, como a famosa elevação do humor e diversos outros.
Os antioxidantes contidos no vinho podem ser muito úteis para melhoria ou manutenção da saúde, como proteção do coração e elevação do HDL, o popularmente conhecido como “bom colesterol”.
Mas nos últimos anos os estudos têm demonstrado que a transformação das uvas em vinho pode ser sinônimo de muito mais, e não só no interior do corpo, mas também fora: A beleza! Sim, meus caros, a pele também tem muito a ganhar com o consumo regular de vinho...
Os altos níveis de polifenóis, que atuam como antioxidantes, presentes no vinho são os principais responsáveis por esta ação benéfica, pois eles atuam como protetores contra a deterioração da pele, defendendo-a dos danos a que estamos submetidos.
E com todas estas alegações de saúde do vinho, seu consumo como alimento funcional aumenta cada vez mais. Pra mostrar como isto é verdade, hoje já temos até a chamada Vinoterapia, que em muitos países já está sendo muito bem estudada e difundida. Seria basicamente um SPA do vinho, um tratamento que inclui até mesmo esfoliações da pele com sementes esmagadas de uvas, um bom banho na banheira (é claro que não com água, mas sim um banho de cabernet, por exemplo), enquanto você degusta o seu vinho na taça. Seria um SPA anti-envelhecimento?
Uma taça de Pinot Noir e um banho de Cabernet?
As empresas de cosméticos já se adiantam a todos estes indícios e também lançam marcas que trazem diversos produtos relacionados ao vinho, contendo sua matéria-prima, com sementes de uva e caules de videiras, com o apelo do poder antioxidante que será efetivo contra o envelhecimento da pele.
Quando pensamos nestes produtos industriais, eu sou do partido de que tudo deve ser muito bem comprovado, principalmente quando queremos rotular um produto que será utilizado em pessoas, como testes toxicológicos e outros, para realmente vender benefícios e não somente o marketing da empresa. Aquém do boom industrial, eu recomendo mesmo, o bom e velho vinho. Incorporá-lo em sua rotina, pode ir além de simplesmente um acompanhante do momento ou da refeição, mas sim trazer diversos benefícios para a sua saúde. Hoje falamos da beleza, e realmente ele tem indícios de atuar para o anti-envelhecimento saudável, suavização da pele e ainda ter propriedades hidratantes.
Não é surpresa nenhuma que o vinho está saindo das salas de degustação e, agora, também entrando no mundo da beleza...

O vinho de fora para dentro: Benefícios a beleza!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Arte para os vinhos: Rótulos criativos e inusitados – Parte 3

Mais uma parte da série "Arte para os vinhos: Rótulos criativos e inusitados", com mais rótulos que inspiram... artes originais e criativas.

21. Luz
Em uma sociedade onde quase sempre o consumo acaba em resíduos, a Wine Case Lamp vem com uma proposta ousada. Depois de terminar a garrafa, ela pode ser usada como lâmpada. Encha algumas taças e deixe a luz prevalecer.


 22. Gerações
Para compartilhar um feriado entre amigos, familiares, funcionários e clientes, a empresa Duffy and Partners inovou com esta garrafa.



23. Lado B
A melhor parte do rótulo do B Frank Wine é a dedicatória.Colega, namorada, esposa ou amante, envie para quem quiser. Mente aberta. Um projeto de Talia Cohen para a agência de marketing B Frank.


24. Comédia
Devido a uma recente lei, se um vinho não vem de Portugal ele não pode ser chamado Porto. Para contornar isso, a Peltier Station Winery e a 6 West Design devised criaram o “USB Port Wine”. Uma bela jogada, regada a irreverência.


25. Cultural
O designer Raya Ivanovskaya colocou uma riqueza cultural no projeto Vine Parma Wine, com linguagem mística e totens. Uma obra de arte.


26. Simplicidade
O rótulo do Dada Wine é simples e interessante.


27. Metalizado
Elk and Wolf Chardonnay quer servir seu Chardonnay frio, muito frio, sendo que isto poderia apenas ser cumprido utilizando alumínio. Aí está, uma garrafa elegante e refinada.


28. 24
O design Ben Schiller criou o Twenty Four Wine, sendo que o nome descreve a circunferência da garrafa que tem exatamente 24 centímetros. Uma inspiração refrescante.


29. Futuro em toque
A garrafa do vinho Lazarus se adianta a uma tendência mundial para o futuro, com o rótulo em Braille. Atraente para todos e importante para quem necessita.


30. Amostra
Tudo o que você precisa conhecer em um vinho, você consegue com um único gole lento, calculado e cuidadoso. Very Chic Wine Samplers vem com esta versão de amostras, muito bem apresentadas em uma embalagem floral e atraente.


Nas três publicações (incluindo esta), os rótulos apresentados foram compilados no site The Coolist (um site muito recomendado para se visitar).
Até a próxima!!!
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"Histórias e Vinhos" está concorrendo ao Prêmio TOPBLOG 2011. Por favor, vote ao lado direito! Não custa nada e é mais rápido que abrir um vinho. Muito obrigado e bons vinhos!

De 29.05 a 05.06 - O Brasil, o mundo e o vinho conectados e reunidos em algumas linhas!