sábado, 30 de julho de 2011

Terroir Hunting: Crie sua própria vinícola no Facebook

O Facebook não para de crescer. Dito isso, posso acrescentar que, se você sempre viu as atualizações dos seus contatos jogando os famosos Cityville, Farmville, Poquer Online, e tantos outros, agora poderá ver um jogo sobre vinhos.
O grupo Wines of Chile anunciou, recentemente, o lançamento do seu primeiro jogo para o Facebook, chamado Terroir Hunting.
            Nele, os usuários poderão criar e comandar sua própria vinícola. O jogo envolverá, “virtualmente falando”, a colheita das uvas, engarrafamento, venda e exportação dos vinhos, permitindo acompanhar até mesmo a pontuação dos seus produtos pelos wine experts. Me pergunto, seria um Robert Parker virtual? Enfim, enólogos chilenos darão suas dicas ao longo do jogo e enquanto seu império vitivinícola se desenvolve.
            O nome do jogo tem tudo a ver com um dos fatores mais predominantes na qualidade dos vinhos, o famoso terroir, que engloba a geografia, geologia e o clima que incidem no desenvolvimento das uvas. E, além disso, entra para a soma o trabalho dos enólogos, que devem cuidar para que o produto seja feito com qualidade.
            No jogo, o usuário poderá tornar-se um expert no terroir, no processo de fabricação do vinho, bem como na venda e marketing do seu próprio vinho.
            “Nós achamos que os apaixonados por vinhos terão muita diversão com este jogo”, relata Lori Tieszen, diretor executivo do Wines of Chile. E complementa: “Tornar-se um caçador de terroir no Facebook dará oportunidades de experimentar virtualmente a importância no Chile e como isso se transforma em qualidade para os vinhos”.
            Quem está envolvido no trabalho? Nada menos que enólogos e enologistas da Casa Silva, San Esteban, San Pedro, Santa Rita, De Martino, Undurraga, Valdivieso, Veramonte e Viña Altair, que darão conselhos e dicas aos jogadores, ou melhor dizendo, aos proprietários de vinícolas virtuais, de como expandir suas propriedades e seu trabalho.
            Se você sempre via as cartas de baralho, os ladrões de produtos, porcos e galinhas de outros jogos do Facebook, poderá começar a ver garrafas de vinho, uvas e novos terroirs.
Para conhecer, jogar e, quem sabe, viciar no jogo:

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vinho de 200 anos é vendido por R$ 190 mil

     O recorde mundial para o vinho branco mais caro do mundo foi quebrado nesta terça-feira (26) em Londres, com a venda de uma garrafa de 200 anos de idade do Chateau d'Yquem, por 75 mil libras (cerca de R$ 190 mil).
       O empresário francês Christian Vanneque disse que vai exibir a garrafa por trás de um vídeo a prova de balas em seu restaurante em Bali, na Indonésia.
       No vídeo abaixo, o enólogo Stephen Williams, da Antique Wine Company, examina as diferenças entre um vinho raro e um comum:

[Assista o vídeo, uma produção da BBC, AQUI]

       Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Histórias e Vinhos: TOP30 na parcial do prêmio "TOPBLOG 2011"!!!

Prezados colegas, leitores e todos os amantes do vinho que conhecem e acompanham o "Histórias e Vinhos". Fiquei muito feliz, e um tanto quanto surpreso, com a notícia que vi ontem: Histórias e Vinhos está no TOP30 da votação parcial do TOPBLOGS 2011, na categoria de Gastronomia... 

Apesar deste ser um resultado apenas parcial, e da votação do Topblogs11 ainda ser longa, isso é muito compensador e me deixou muito feliz, principalmente porque nunca fiquei aqui pedindo votos, ou muito menos fazendo propagandas sobre a votação. Ou seja, você que votou e apoiou o blog até agora nesta premiação: Muito, muito obrigado pela lembrança, iniciativa e retribuição. Vocês fazem valer a pena! 


     Por favor, continuem apoiando o blog "Histórias e Vinhos"!
     Grande abraço,
     Gustavo M.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Degustação Borgonha com Jorge Lucki | ABS Campinas e Zahil

No mês passado (28.06) participei de uma degustação de vinhos da Borgonha, oferecida pela ABS-Campinas em parceria com a importadora Zahil. A apresentação da noite, e dos vinhos, ficou por conta do Jorge Lucki, um dos críticos de vinhos mais importantes do Brasil e grande conhecedor da região francesa, que ministrou uma noite regada a bons vinhos e muita informação sobre a região.
Os cinco vinhos apresentados na noite foram:

1. Vau de Vey Chablis Premier Cru 2008
2. Mersault Roux Pères et Fils 2007
3. Gevrey Chambertin Roux Pères et Fils 2007
4. Nuits Saint Georges 2007
5. Clos des Porrets Nuits Saint Georges 2006

Vau de Vey Chablis Premier Cru 2008
Este 1er cru não passa por barricas e tem um sistema de estágio com as borras em tanques de inox. O vinho apresentou coloração amarelo palha muito clara, com aromas levemente frutados, cítricos e o mineral característico do solo da região. O que mais chama a atenção é o equilíbrio deste vinho, entre frescor, mineralidade, fruta e corpo (álcool quase imperceptível). Um chardonnay elegante, um belo exemplar de Chablis. (Informações: Zahil – Valor: R$ 170,00)

Mersault Roux Pères et Fils 2007
Mudamos a região e mudamos as características do vinho. O segundo branco da noite, apresentou coloração e aromas mais densos. Mais untuoso na boca, devido principalmente ao terroir e ao tipo de vinificação. A fruta vai para o segundo plano, deixando um toque amanteigado no início, acompanhado de um leve mentolado. (Informações: Zahil – Valor: R$ 338,00)

Gevrey Chambertin Roux Pères et Fils 2007
Como os bons Pinot Noir da Borgonha, este se mostra delicado até na cor. Taninos delicadíssimos, sem tanta robustez. Sensível e prazeroso. (Informações: Zahil – Valor: R$ 278,00)


Nuits Saint Georges 2007 – Domaine Henri Gouges
Um dos grandes produtores da região, capaz de expressar o terroir em cada taça dos seus vinhos, Henri Gouges traz este belo exemplar tinto. Coloração intensa mas transparência alta e aromas de frutas em abundância. Os taninos são muito chamativos, muita fruta e um vinho muito bem integrado. Apesar de ser a característica fiel de um PN, poderia resumir: Exótico. (Informações: Zahil – Valor: R$ 265,00)

Clos des Porrets Nuits Saint Georges 2006 – Domaine Henri Gouges
Apesar um esclarecimento antes de iniciar: Todo vinho da Borgonha, que você ler a palavra “Clos” no nome, quer dizer que este vinho veio de vinhedos fechados, ou seja, pertencentes a apenas o seu produtor. Agora sim: A safra 2006 é uma safra ótima para guarda, com potencial para até 20-25 anos, sendo que seu auge será apenas daqui longos 5 anos de espera. Taninos em abundância e textura impressionante. Um vinho onde nada se destaca e tudo se completa. Um vinho clássico. (Informações: Zahil – Valor: R$ 385,00)

Enfim, um evento agradável, regado a bons vinhos e boas lembranças pra guardar.
Até a próxima!



Citados nesse texto:

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Estudo revelador: Vinhos italianos e chocolates suíços são realmente melhores?

Será que o chocolate chinês pode ser melhor que os incríveis chocolates suíços? E mais, será que vinhos baratos da Índia podem ser melhores que os custosos vinhos Italianos? São algumas das perguntas que a matéria da ABC News discute, que tudo depende de fatores como o que você conhece, o que você aprendeu e, principalmente, de quão facilmente o cérebro humano é enganado.
O pesquisador Keith WillCox e seus colaboradores, do Babson College, conduziram uma série de experimentos que demonstram que uma informação pode ter o efeito oposto se for dada após um teste de gosto, ao invés de entregue antes do teste.
Em síntese, o estudo publicado no Journal of Consumer Research diz que, caso você diga a uma pessoa que o chocolate que está preste a provar veio da Suiça, com certeza, ela estará propensa a gostar mais dele, do que o chocolate que veio da China, por exemplo. Agora, se você disser para essa pessoa a procedência do chocolate logo após ela ter o provado, ela vai jurar que o da China é melhor.
E isso foi comprovado no resultado da pesquisa, sendo que a maioria dos 528 participantes preferiu, sem saber a origem antes, o chocolate da China ao da Suiça. Outra parte do estudo foi ainda mais longe: Comparou a preferência entre o chocolate chinês e o suíço, pela preferência do público, mas nenhum deles era mesmo desses países, mas se tratava do mesmo chocolate americano.
Ou seja, a conclusão do teste-chocolate para o pesquisador foi que: Caso dissessem a origem antes, os consumidores poderiam preferir a Suiço. E quando a origem foi revelada apenas depois da degustação, eles afirmariam no Chinês, mesmo que fossem o mesmo produto.
Por que dizer a origem imediatamente após o teste pode alterar a percepção de qualidade? Wilcox diz que o “elemento surpresa” é parte desta razão.
Para o vinho? Basicamente a mesma coisa.
Os clientes de uma loja de bebidas não foram informados da origem do vinho antes de saboreá-lo e ambos foram rotulados por U$ 15,99, e o resultado: 64% dos clientes disseram preferir o vinho da Índia, sem tanta tradição, ao vinho italiano, que produz vinhos muito finos.
Já na outra parte do teste, quando foram informados antes de provar a bebida, a quase-unanimidade votou no italiano, assim como o esperado.
Podemos ser assim tão fáceis de enganar? Parece que sim...
E isso é confirmado com tantos outros estudos que mostram que o custo pode influenciar muito no julgamento, pois o mais caro é melhor, certo? Para o vinho mesmo, há pouco tempo tantos sites divulgaram matérias sobre este tema. O vinho mais caro é mais saboro que o mais barato?
Neste sentido, apenas completo a matéria do crítico Robin Goldstein, que publicou seu estudo no Journal of Economics Wine, envolvendo centenas de participantes. O que a pesquisa revelou? Confirmou que os vinhos caros são, em sua maioria, apenas caros. Esta pesquisa dele foi muito atacada, incluindo jornais de peso.
De fato, um vinho de alta qualidade por um grande montante de dinheiro não vai necessariamente traduzir seu gosto para o consumidor médio.
Tudo isso me leva a uma conclusão lógica: A real percepção do gosto depende unicamente ao que ela foi apresentada antes. Nas entrelinhas: Informação ou qualidade?
O consumo é psicológico. Justo, pois o prazer também. 

Fonte: ABC News

terça-feira, 19 de julho de 2011

Vídeo: O que é resveratrol?

O que é o resveratrol? Confiram o vídeo, uma produção da ABC, sobre este reconhecido antioxidante presente no vinho. Muitos dos seus benefícios à saúde ainda estão sendo cientificamente comprovados e demonstram ser de grande importância para a prevenção ou regressão de muitas doenças. O vinho, uma bebida completa. E fica a pergunta: Do que o vinho ainda é capaz?


segunda-feira, 18 de julho de 2011

10 grandes motivos para você ter uma adega climatizada!

Você que é um apaixonado por vinho sempre se perguntou os motivos para se ter uma boa adega em sua casa. Sempre tentando achar motivos para convencer sua mãe, esposa, esposo sobre a importância de investir algum dinheiro para um novo lar para seus vinhos. Neste intuito, o “Histórias e Vinhos” selecionou, entre tantos textos pela internet, 10 grandes motivos para você ter uma adega climatizada. Confira:

1. A primeira é de grande importância para o Brasil e as nossas elevadas temperaturas médias ao longo do ano. Manter o seu vinho na temperatura ideal e constante é essencial.
2. Além da temperatura, é importante ressaltar que muitas adegas têm portas protetoras e amortecedores, que podem garantir uma proteção maior de seus vinhos quando armazenados em ambientes sujeitos a luz e a vibrações nocivas.
3. São muito bem adaptáveis a qualquer tipo de lugar, de diversos tamanhos, opcionais e preços. Para todos os gostos e bolsos.
4. Algumas adegas prezam pela diversidade e tem prateleiras ajustáveis, para todos os tipos e tamanhos de garrafas.
5. Além de toda a sua funcionalidade, a sua beleza pode ser um atrativo a mais na sua sala de jantar ou outra área da casa.
6. Deixe a sua geladeira livre. Com a adega você realmente pode levar seus vinhos a um envelhecimento pleno e correto.
7. O seu vizinho tem uma. E você ainda não?
8. Não se trata apenas de uma compra. Mas sim de um investimento a longo prazo, quando uma boa adega for adquirida. Quer resposta mais óbvia para esta pergunta: Você viveria sem uma geladeira para garantir o acondicionamento dos alimentos? Não? Pois os amantes do vinho também não viveriam sem a sua adega, que irá garantir a qualidade dos seus vinhos.
9. Você já perdeu garrafas de vinhos bons o suficiente, apenas por armazená-las em condições desfavoráveis.
10. E o último foge de qualquer regra ou conta. Você deve ter uma adega apenas pelo prazer de tê-la ali, zelando pelos seus vinhos. Apenas pelo prazer de, ao final do dia, pegar um belo exemplar de sua adega, nas condições ideais, e submetê-lo à condição ainda mais ideal: Uma degustação lenta e prazerosa.

Agora que você tem todos estes motivos em mente, é só convencer a sua esposa/esposo de que este espaço vago no canto da sua sala é perfeito para sua nova adega. Mas claro, escolha com atenção, cuidado e preze pelo melhor, que poderá garantir durabilidade, estabilidade e qualidade.
Boa compra e bons vinhos!

sábado, 16 de julho de 2011

15 dicas de vinhos em busca da harmonização perfeita

Muitos que acompanham (quase) diariamente o Histórias e Vinhos devem ter percebido a primeira pequena-grande ausência aqui no espaço, que não recebia atualizações desde o dia 07/julho. Mas esta semana foi um período de férias merecidas, mas que também permitiu provar algumas novidades relacionadas ao mundo dos vinhos que serão expostas aqui em breve.
Para o retorno, com chave-de-ouro, preparei algumas dicas de harmonização com vários tipos de uvas e pratos que combinariam bem, com auxílio de um texto da reconhecida Food & Wine. Vale lembrar que não sou chef, mas sim um cozinheiro ocasional, que gosta de tentar, experimentar e inovar mas, principalmente, aproveitar tudo isso sem complicações.
Tente também suas harmonizações, sem regras ou limites. Qualquer coisa interessante para compartilhar, o espaço está aberto. Aproveite:

1. Pinot Noir: Exuberante
Pratos com aromas e sabores leves e receitas que contém cogumelos, de médio corpo e sem molhos pesados, mas cheios de complexidade, harmonize com um bom Pinot Noir, principalmente da região da Borgonha (França), ou italianos de Dolcetto. Dica de receita: Massa recheada com mussarela de búfala com molho de shitake e alho poró.

2. Chardonnay: de A a Z
Peixes gordurosos ou peixes preparados com molhos densos, a sedosa Chardonnay poderá ser uma boa escolha. Regiões como a Califórnia, Chile ou Austrália poderão fornecer bons exemplares, que combinarão bem com um salmão ou frutos do mar com molhos exuberantes. Adapte o tempo de permanência no carvalho ou o frescor e acidez do vinho jovem ao conteúdo do seu prato. Dica de receita: Salmão grelhado na manteiga com salada de abacate.

3. Champagnes e espumantes: Refrescância em borbulhas
Pratos salgados pedem um bom espumante. A maioria dos espumantes secos, como Champagne brut ou o Cava espanhol mantém um leve toque de doçura, o que os tornam refrescantes quando servidos com alimentos salgados. Lembre-se sempre dos espumantes nacionais, qualidade e preços interessantes. Dica de receita: Canapés de camarão ao curry.

4.  Cabernet Sauvignon: Fabulosamente adaptável
Os vinhos de cabernet sauvignon são unanimidade, em todas as faixas de preço. Em geral, eles pedem uma carne suculenta, pois a cada gole, os taninos firmes sempre deixam o paladar pedindo por mais um pedaço de carne. Californianos a Bordeaux, sem moderação. Dica de receita: Carré de cordeiro com ervas finas.

5. Sauvignon Blanc: Leveza intrínseca
Para a combinação com o Sauvignon blanc, o prato não pode estar sobrecarregado. Carnes leves, preferencialmente brancas. Molhos leves e aromáticos. Nesta classe você pode incluir ainda o Vinho Verde de Portugal e o Verdejo da Espanha. Dica de receita: Escalope de porco ao molho de laranja.

6. Rosés: Diferentes
Alguns queijos podem ser perfeitamente combinados com vinhos brancos ou tintos. Mas a grande beleza da vida é inovar e provar coisas diferentes, então eu proponho os rosés, que combinam a acidez do vinho branco e a fruta do vinho tinto. Então já sabe, um prato rico em queijo, opte por um rosé. Dica de receita: Suflê de queijo.

7. Pinot Grigio: Ainda mais diferente
Mariscos, ostras e frutos do mar, preparados de maneira suave podem ser bem combinados com a Pinot Grigio, que ainda não tem muita atenção no Brasil. Outros vinhos delicados como o Arneis, da Itália, ou o Chablis, da França, podem ser boas opções. Dica de receita: Ostras gratinadas.

8. Malbec: Qualidade incontestável
A combinação do Malbec com molhos tipo barbecue pode ser interessante. O doce-picante-condimentado não vai ofuscar estes vinhos e pode ressaltar o seu peso. Boas opções seriam os clássicos Malbec argetinos, de boa relação preço-qualidade no mercado brasileiro. Dica de receita: Costelinha de porco defumada ao molho barbecue.

9. Moscato d´Asti: Doce como as mais doces sobremesas
Sobremesas de frutas podem ser bem harmonizadas com espumantes como o Moscato D´Asti, demi-sec, que ajuda a enfatizar a fruta, ao invés do açúcar. Dica de receita: Figos em calda mel.

10. Syrah: Contrastando o condimentado
Alie a beleza da Syrah com pratos levemente condimentados, o resultado será interessante. Quando uma carne estiver picante, como um frango asiático ou aperitivos australianos, procure um vinho tinto com notas de especiarias. Syrah americano, Cabernet Franc francês ou até os exóticos Xinomavro gregos são boas opções. Dica de receita: Hamburger caseiro com cominho picante.

11. Zinfandel: Emparelhamento cremoso
A harmonização de Zinfandel com patês, mousses e terrines é muito boa. Uma combinação de adjetivos e que funciona bem. Zinfandel, Nero d´Avola da Itália e Monastrell da Espanha acompanham bem pratos cremosos. Dica de receita: Mousse de frango e gorgonzola cremoso.

12. Riesling: Dos extremos e vice-versa
Os riesling podem acompanhar pratos extremos, que combinam ingredientes doces e picantes. De asiáticos a indianos. Dica de receita: Salada verde com torresmo.

13. Champagne rosé: Elegante, mas não tanto
O champagne rosé é pouco consumido, mas é importante lembrar que pode ser uma boa opção para um jantar descontraído e não só para grandes ocasiões, principalmente porque combina com uma grande variedade de pratos. Sabor e riqueza. Dica de receita: Risoto de limão e palmito.

14. Vinhos de sobremesa: Boa pedida
Muitas pessoas gostam de harmonizar os pratos principais com seus vinhos. Mas, na hora da sobremesa, a grande minoria consome os vinhos de sobremesa ou tenta uma combinação interessante. Brancos ou tintos. Dica de receita: Strogonoff de nozes com um Tokaji da Hungria.

15. Vinhos do Velho Mundo: História e tradição
Os vinhos do Velho Mundo são intimamente ligados aos pratos do Velho Mundo. A dica que eu mais recomendo: Combine a origem do prato com a origem do vinho, que cresceram e evoluíram juntos ao longo dos séculos. Receitas toscanas e os toscanos, formam um ajuste natural. Pratos espanhóis e portugueses com seus vinhos de uvas típicas. Dica de receita: Paeja completa e um bom Rioja. 

Fonte e auxílio para a matéria e receitas ainda não praticadas: Food and Wine 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Será o fim do barril de carvalho convencional?

A pergunta “Será o fim do barril de carvalho?” pode assustar a todos aqueles que apreciam os vinhos estagiados nos barris de carvalho, que o consideram como um sinônimo de complexidade de aromas e sabor, mas hoje em dia, considerando as tecnologias modernas, a pergunta pode estar perto de uma resposta definitiva.
O barril convencional pode estar com os dias contados?
É eu sei, vai contra a ordem natural evolutiva do vinho, que desde a sua versão histórico-moderna e durante tantas gerações eles passam, após a fermentação, por um estágio nos barris de carvalho para a maturação e para conferir novos aromas e sabores.
Mas o que os enólogos poderiam utilizar além do barril convencional? O que poderia ser mais barato, acessível e até mesmo ecologicamente mais favorável?
Tentando responder a tantas questões como esta e, principalmente, para fornecer novas possibilidades ao processo de produção do vinho, diversos testes estão sendo realizados por vinícolas da Austrália para mudar radicalmente a forma de como a indústria do vinho emprega o carvalho.
A (r)evolução é resultado de um joint venture entre a Austrialia´s Flextank  e a France´s Oenowood International, que tem planos promissores para as melhores árvores de florestas francesas. Após o corte, ao invés de serem montados os barris, os produtores da Austrália vão utilizá-las na forma de prancha de carvalho em seus vinhos. Seria um pseudo-barril, conhecido como BarriQ.
O que alegam a respeito desse BarriQ é, primeiro, que ele é mais barato e segundo que vai fornecer os mesmos sabores, taninos e aromas, como um barril convencional, mas com benefícios adicionais. Como alegam os representantes do projeto: “O barril de carvalho é um dos grandes desperdícios do mundo, pois se o vinho penetra apenas de 4 a 6 milímetros de um barril, os enólogos estão jogando fora 70% do produto”.
Além do BarriQ, outra invenção estudada é o chamado Flextank, que visa substituir mesmo o carvalho, pois se trata de um tanque de polímero termoplástico. Os inventores estão nas fases de testes, mas relatam que ele “respira” de forma semelhante ao barril de carvalho convencional. Você deve estar se perguntando, tudo bem que ele tem a mesma transferência de oxigênio, mas e quanto aos atributos conferidos ao produto?
Bom, aí sim entra uma parceria entre os dois produtos citados aqui. O resultado desta combinação entre o Flextank (trazendo oxigênio) e o BarriQ (trazendo sabores e taninos) poderá ser a altura do bom e velho barril de carvalho?
A resposta ainda tem muito a ser desvendada, mas o custo é um fator que afasta muito a maturação do barril de carvalho. Os enólogos pagam cerca de U$1.250-1.300 para uma barrica nova de 225 litros, importada da França. Supondo que um produtor de médio porte compre cerca de 650-750 barricas por ano, então este custo poderá ser um dos maiores gastos da empresa. E todo este montante investido, após a produção e uma, duas ou três vezes de utilização, a barrica poderá ser encontrada em um jardim qualquer como adereço, ou em uma adega qualquer...
A proposta do BarriQ é ser comercializada em um pacote com 8 varas (ou o equivalente a meio barrica), por U$401 dólares, ou 16 varas (equivalente a um barril), por 802 dólares, ou seja, aproximadamente a metade do valor. A proposta seria: O produtor só paga pelo que precisa, pelo que vai utilizar.
Outra questão que entra para a nossa conta seria a questão ambiental. Um carvalho deve ter uma vida próxima (ou superior) a 100 anos antes de ser cortado, para dar forma aos barris. Algumas florestas francesas, exemplos de sustentabilidade, produzem o equivalente a uma árvore a cada 150 anos, ou seja, dois barris por ano, por hectare. Muito pouco. Além disso, 80% deste material pode ser descartado ao longo da cadeia produtiva e, ao final, acabará como lenha para a fogueira.
Agora que vimos alguns quesitos importantes, pensamos em outro fator essencial: E quanto ao gosto?
A beleza dos barris contrastada com o futuro!
Para nos ajudar a pensar nisso, descobri que a Blue Pyrenees Estate, com seu enólogo Andrew Koerner, conduziu os primeiros testes da conjunção do BarriQ com o Flextank, no seu Cabernet sauvignon 2008, que ganhou prêmios de melhor tinto no Sydney Royal Wine Show. Tudo bem que isso seria o equivalente a ganhar uma dança dos famosos no Faustão, mas é um começo. Certo? A primeira vitória para todos os envolvidos nestes projetos...
Poucos ainda estão convencidos, mas as pesquisas estão intensas e outros resultados estão sendo coletados. E ainda há aquele famoso romance com o barril, que pode perder o brilho quando se trata de uma prancha de carvalho imersa em um tanque sintético. Mas, convenhamos, se você não vai ver, qual a diferença? Poderia usar um famoso ditado, mas nem isso vou fazer.
Agora é aguardar pra ver. Se vai ser no carvalho ou em um tanque termoplástico, ainda não dá pra saber.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Borgonha: Problemas de oxidação deixam os vinhos brancos “menos confiáveis”

Os apaixonados pelos renomados vinhos da Borgonha podem ficar em estado de alerta. Como relatado por Stephen Brook a Decanter, os vinhos de safras mais antigas, principalmente da década de 1990, estão sendo atingidos pelo que ele chama de “oxidação aleatória”.
Apesar dos esforços investidos por parte de grandes enólogos, nenhuma causa concreta foi encontrada, enquanto continua a coletânea de depoimentos contundentes e desfavoráveis por parte de alguns consumidores e colecionadores destes vinhos ao redor do mundo.
“Pelo ao menos uma dúzia de safras estão propensas a autodestruição”, diz ele. Mas, ainda assim, o Borgonha branco é “confiável”.
Ao redor deste assunto, criam-se diversas teorias, como a proposta por Jacques Seysses, do Domaine Dujac, que diz que as rolhas são as principais responsáveis, por ser tratada com alguns agentes, como água sanitária e dióxido de hidrogênio.
Ao mesmo tempo, Patrick Javillier, produtor de Mersault, sugere que as prensas pneumáticas modernas permitiram a redução a exposição do oxigênio, quando comparada a prensa horizontal antiga, podendo ser uma das causas da oxidação tardia.
Jasper Morris, comerciante da região da Borgonha, acredita que esta oxidação pode ser devido aos níveis de enxofre reduzidos empregados na década de 90.
Aquém as teorias traçadas, os especialistas acreditam que o problema não é tão prevalente nas safras a partir de 2000. Além disso, os produtores fazem todos os esforços para garantir a qualidade prolongada do seu produto. Se você é um dos que encontrou um vinho de qualidade reconhecida em condições desfavoráveis, o recurso que resta é tentar o reembolso ou a substituição do mesmo.
Se você tem um belo exemplar da Borgonha no local mais privilegiado da sua adega, quando for abrir, o meu “boa sorte”, pois como bem me lembro: Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Crognolo IGT 2007 #cbe

Mais uma degustação para a Confraria Brasileira de Enoblogs, que teve como tema para o mês de Junho “Um supertoscano de até R$ 200,00”, sugerido pelo blogger e amigo Alexandre Frias, do Diário de Baco.
Como se trata de uma denominação histórica, optei por um supertoscano muito conhecido pelas premiações e que, até então, estava aqui bem guardado e esperando a sua vez para ser degustado.
Peço desculpas pela demora na postagem, afinal de contas, já se passaram alguns dias. Mas estava viajando e impossibilitado de finalizar o texto da degustação. O vinho não é de colheita tardia, porque de tardia já basta a publicação.
Mas vamos ao que interessa, o vinho selecionado foi o Crognolo IGT 2007, um corte de 80% Sangiovese, 10% Cabernet sauvignon e 10% Merlot e posso adiantar: um belo exemplar da toscana.
A coloração profunda, retrata o rubi brilhante a atrativo. Nos aromas explodem frutas vermelhas regadas a um toque secundário de especiarias, couro e o peso da madeira. No paladar uma mistura bem equilibrada do terroir com as três variedades utilizadas, que carrega a essência da histórica Sangiovese complementada com a potência da Cabernet sauvignon e a tradição da Merlot. Os taninos são elegantes e o equilíbrio do vinho me agrada, com o álcool e acidez contidos. O final é de média persistência, mas muito harmonioso.
Um vinho elegante, bem estruturado e com uma complexidade que só nos faz querer a taça cheia!
             
Dados:
País: Itália
Região: Toscana
Produtor: Tenuta Sette Ponti 
Importadora: World Wine
Valor: R$ 137.00

            Descrição do produtor, pelo site do importador (World Wine):
A Tenuta Sette Ponti fica no coração da região demarcada do Chianti, 24 km à noroeste da cidade de Arezzo e seu nome refere-se às sete pontes que cruzam o Rio Arno, de Arezzo até Florença. Esta propriedade pertencia às princesas Margherita e Maria Cristina di Savoia D’Aosta e foi comprada pelo arquiteto Alberto Moretti.
Hoje, seu filho Antonio Moretti dirige a propriedade. Embora a vinificação seja relativamente recente para este produtor, a vitivinicultura goza de grande prestígio e tradição: até 1997 vendiam suas uvas para grandes produtores como Piero Antinori. Para fazer jus à qualidade da matéria-prima, contrataram o competente e inovador enólogo Dr. Carlo Ferrini, que encontrou o equilíbrio perfeito entre a tradição da Sangiovese e modernidade da Cabernet Sauvignon e Merlot.

Até a próxima!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Curtas da semana #9: Haut-Brion em "O gigante adormecido", consumo de vinho na França em baixa, e outros!

E no ar o seu programa de segunda, "Curtas da semana" com muitas coisas interessantes do período de 26.06 a 03.07. Acompanhe:

Ontario e os 12 milhões
Ontario, província no Canadá, acaba de disponibilizar 12 milhões para a indústria vitivinícola. O financiamento será dividido ao longo de 4 anos para ajudar produtores de uva a repor suas plantações por variedades mais populares. Os agricultores ainda poderão se beneficiar de dinheiro para fazer reparos e melhorias na cadeia produtiva, como sistema de irrigação, instalação de redes e compra de novos equipamentos. O novo programa traz muitos milhões de motivos para brindar.

Haut-Brion em: O gigante adormecido
Os proprietários do renomado Chateau Haut-Brion acabam de fechar negócio, sendo que a nova aquisição foi o Chateau Tertre Daugay, em St. Emilion, considerada por eles como um “gigante adormecido”. A soma investida para aquisição da propriedade de 36,5 hectares não foi revelada. “Nós iremos trazer esta propriedade à sua glória”, disseram. O que vem daí? Fica a pergunta...

Marujos, abandonar o navio!
Uma empresa de vinhos da Nova Zelândia está passando por sérios problemas com banqueiros, a New Zeland Wine Company, que vem falhando em cumprir com seus compromissos financeiros. Impacto grande de uma empresa grande. Eu trocaria a tão sonhada pergunta: - Previsões? Não, revisões.

Mais um capítulo de Aquecimento global...
O assunto é antigo, mas na semana passada tiveram novas previsões, ou revelações, como preferir. O país da vez é os EUA, onde os estudos divulgados mostram que, principalmente a região da Califórnia será muito prejudicada. Pesquisadores de Stanford dizem que, até 2040, o quantidade de terras disponíveis para o plantio das uvas será reduzida a 50% do valor atualmente. O capítulo ainda será divulgado em maiores detalhes pelos pesquisadores, em um resumo que eu chamo de: Os próximos 30. Vamos acompanhar isso e, por um raciocínio lógico, se a terra diminui pela metade, o valor sobe para o dobro. Complicou!


Consumo de vinho na França diminui
Se você associa sempre a França com o consumo de vinho, peço muita calma, pois um novo estudo mostra que o francês pode estar perdendo sua ligação tão forte e histórica, pois um número crescente de cidadãos estão deixando de identificar-se com a bebida que se tornou popular pelo deus grego Dionísio. As descobertas, apresentadas no Jornal Internacional de Empreendedorismo e Pequenas Empresas, indica um declínio terminal na transmissão do património vinho francês para as futuras gerações.
Em 28 anos, o consumo de vinho na França diminuiu o equivalente a cerca de 4 bilhões de garrafas (de 750 mL), ficando abaixo dos 7.000 bilhões. Agora, pouco mais de 16% da população adulta consome vinho regularmente, com observado no último estudo. 
França – Vinho – Identidade = Futuro?