sexta-feira, 22 de abril de 2011

Última Ceia: última refeição de Jesus e seus apóstolos foi na quarta e não quinta-feira?

É isso mesmo! O pesquisador da Universidade de Cambridge (Inglaterra), Colin Humphreys, afirma que a última refeição de Jesus Cristo com seus doze apóstolos ocorreu na quarta-feira anterior à sua Crucificação, e não como acreditamos até hoje, na quinta-feira. Em entrevista para a BBC, o professor disse que "isto tem confundido estudiosos da Bíblia por séculos, fato mais complicado no Novo Testamento".

Essa diferença, sobre a data da última refeição, estaria relacionada ao fato de que os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas foram baseados em um calendário mais antigo que de o João. Na verdade, o calendário dos três era adaptado do que era utilizado no Egito nos tempos de Moisés - em vez do calendário lunar que era largamente adotado pelos judeus em sua época. Com isso, eles afirmam que a Última Ceia coincidiu com o Pessach (Páscoa Judaíca), enquanto João escreveu que ela ocorreu antes desta data.
"No Evangelho de João, ele está correto ao dizer que a Última Ceia ocorreu antes da refeição do Pessach, mas Jesus optou por fazer a sua Última Ceia como uma refeição de Pessach de acordo com um calendário judeu mais antigo", afirma o professor. Aí surgem as primeiras diferenças...
Além disso, o pesquisador acrescenta em seu livro que seria impensável que, entre a Última Ceia e a Crucificação, Jesus fosse preso, interrogado e julgado em apenas uma noite... E começam as divergências...
Com todas as suas constatações, o professor relata que a Ceia teria ocorrido em 1º de abril de 33, de acordo com o Calendário Juliano utilizado pelos historiadores. Sendo assim, suas hipóteses podem ser argumentos para fixar a Páscoa no primeiro Domingo de Abril.
E agora?
Feliz Páscoa atrasada.

Matéria publicada na BBC: http://www.bbc.co.uk/portuguese/

Conheça o Livro:
 The Mystery Of The Last Supper (em tradução livre, “O Mistério da Última Ceia”), no qual utiliza pesquisas bíblicas, históricas e até astronômicas para apresentar o que considera "inconsistências fundamentais" sobre o evento. Publicação: Cambridge University Press.


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