A micro-oxigenação é um assunto muito abordado no mundo do vinho e polêmico, talvez. O fato é que todo mundo conhece, mas poucos realmente sabem o que esta técnica envolve e representa para o produto final.
Na sua forma mais simples, compreende basicamente a introdução de uma quantidade controlada de oxigênio no vinho, com o objetivo de conferir algumas mudanças desejadas na cor, aroma e textura do produto.
Diversas fontes a consideram como uma técnica importante, pois pode colaborar com a saúde e atividade das leveduras durante a fermentação alcoólica, trazer melhorias na coloração e estabilidade do vinho. Além disso, pode resultar em produtos com características organolépticas mais complexas, reduzir os chamados off-flavors (no bom português, os aromas indesejáveis) e, ainda, tem a capacidade de mimetizar as reações que ocorrem durante seu envelhecimento em carvalho.
Na sua essência, a técnica ajuda a indústria a acelerar a maturação e a vida do vinho, tudo visando colocá-lo no mercado jovem, mas com as propriedades de vinhos maturados.
Enquanto isso, para outras pessoas, a técnica não passa de um sinônimo de globalização, das indústrias modernas que prezam pelo volume de produção e pela quantidade de garrafas vendidas.
Nos últimos anos, as indústrias passaram a investir muito na micro-oxigenação, seguindo a nova tendência do consumidor em optar por vinhos mais jovens e “imediatos”, frente aos vinhos com maior potencial de guarda.
O fato é que, se depender dos investimentos que vêm fazendo (e dos resultados que vêm coletando), ainda ouviremos falar muito deste nome... E enquanto muitos tomam seus partidos, eu sou daqueles que deixa apenas um apelo: Vinhos bons, por favor, é isso o que pedimos!
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