sábado, 21 de maio de 2011

Quem são os maiores consumidores de álcool do mundo?

Um estudo realizado pela OMS, Organização Mundial da Saúde, revelou que os cidadãos da pequena República da Moldávia são os maiores consumidores de álcool puro do mundo. Segundo o relatório, eles bebem o equivalente a mais de 18 litros de álcool puro por ano, o que representa quase três vezes mais que a média global, de 6,1 litros por pessoa, por ano.
O principal objetivo da OMS com estes levantamentos é incentivar os governos de todo o mundo a combater o alcoolismo e o consumo excessivo de álcool. Algumas estimativas apontam que o álcool causa aproximadamente 2,5 milhões de mortes em todo o mundo a cada ano, incluindo 320 mil jovens com idades entre 15 e 29 anos. O álcool é o terceiro fator de risco para a saúde e responsável por mais mortes que a Aids ou a tuberculose. Por isso, o que eles mais querem é uma posição mais agressiva frente a este problema, com campanhas, legislações e fiscalizações mais rigorosas.
A Moldávia, espremida entre a Romênia e a Ucrânia, é um dos países mais pobres da Europa. O país é um produtor de vinhos, onde muitas pessoas optam pelo elevado consumo de vinhos caseiros e baratos, além de vodka e outras bebidas alcoólicas.
Quando se trata do consumo de álcool excessivo, outros países pós-soviéticos também foram identificados como culpados. Enquanto ao redor do mundo apenas 6,2% de mortes masculinas e 1,1% femininas estão ligadas ao álcool, na Rússia, este percentual sobe para cerca de 20% para os homens e representa, atualmente, uma das principais causas da baixa expectativa de vida no país, em torno de 60 anos. Enquanto isso, entre as mulheres, o percentual de mortes relacionadas ao álcool chega a 6%.
Rússia e Ucrânia são países reconhecidos pelo seu elevado consumo de vodka, mas nos 20 anos passados desde o colapso do comunismo, a cerveja também foi adicionada a lista de preferências (sendo apenas recentemente classificada como bebida alcoólica na Rússia).
A Rússia tem uma longa história de problemas relacionados ao álcool e uma tentativa (na minha humilde opinião pouco incisiva) de combatê-lo. Ainda no passado, Mikhail Gorbachev tentou proibir a venda de vodka ao longo do dia, deixando-a restrita para poucos horários, que levou esta bebida alcoólica a tornar-se um pouco impopular pois ainda assim haviam outras bebidas que interessavam os consumidores, como a cerveja e outras aguardentes. Nos últimos anos, muitas regiões deste país, incluindo Moscou, têm proibido a venda de bebidas durante o horário noturno, enquanto em alguns lugares mais restritos, estão tentando proibir a venda de álcool nos finais de semana.
Esta semana o chefe da Suprema Corte da Rússia anunciou que, dos 12.000 assassinatos processados no país durante o ano de 2010, 75% deles foram realizados sob a influência de álcool.
A Grã-Bretanha, não muito atrás deste pelotão líder, consome cerca de 13,4 litros de álcool puro por ano, um pouco abaixo dos 18,1 litros dos moldávios e 16,5 litros consumidos pelos tchecos, que imperam na segunda posição. No último ano, os britânicos consumiram mais cerveja do que qualquer outro tipo de álcool, enquanto os russos optaram por outras bebidas alcoólicas.
O alarmante consumo da Mondávia foi constituído de forma igual entre vinho, aguardente e cerveja. O relatório da OMS confirmou que, apesar dos Moldávios beberem mais do que todos, Rússia e Ucrânia são os países em situação mais grave, considerando como e quanto bebem os consumidores.

Países de maior consumo de álcool:
(Consumo estimado de álcool por pessoa, em litros)
Moldávia: 18,22
República Checa: 16,45
Hungria: 16,27
Rússia: 15,76
Ucrânia: 15,6
Estônia: 15,57
Andorra: 15,48
Romênia: 15,3
Eslovênia: 15,19
Bielorússia: 15,13
Reino Unido: 13,37

O álcool pode ser um problema crítico para a população mundial, se não tratado com a devida importância. Moderação.

Fonte: The Independent 

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