quarta-feira, 20 de julho de 2011

Estudo revelador: Vinhos italianos e chocolates suíços são realmente melhores?

Será que o chocolate chinês pode ser melhor que os incríveis chocolates suíços? E mais, será que vinhos baratos da Índia podem ser melhores que os custosos vinhos Italianos? São algumas das perguntas que a matéria da ABC News discute, que tudo depende de fatores como o que você conhece, o que você aprendeu e, principalmente, de quão facilmente o cérebro humano é enganado.
O pesquisador Keith WillCox e seus colaboradores, do Babson College, conduziram uma série de experimentos que demonstram que uma informação pode ter o efeito oposto se for dada após um teste de gosto, ao invés de entregue antes do teste.
Em síntese, o estudo publicado no Journal of Consumer Research diz que, caso você diga a uma pessoa que o chocolate que está preste a provar veio da Suiça, com certeza, ela estará propensa a gostar mais dele, do que o chocolate que veio da China, por exemplo. Agora, se você disser para essa pessoa a procedência do chocolate logo após ela ter o provado, ela vai jurar que o da China é melhor.
E isso foi comprovado no resultado da pesquisa, sendo que a maioria dos 528 participantes preferiu, sem saber a origem antes, o chocolate da China ao da Suiça. Outra parte do estudo foi ainda mais longe: Comparou a preferência entre o chocolate chinês e o suíço, pela preferência do público, mas nenhum deles era mesmo desses países, mas se tratava do mesmo chocolate americano.
Ou seja, a conclusão do teste-chocolate para o pesquisador foi que: Caso dissessem a origem antes, os consumidores poderiam preferir a Suiço. E quando a origem foi revelada apenas depois da degustação, eles afirmariam no Chinês, mesmo que fossem o mesmo produto.
Por que dizer a origem imediatamente após o teste pode alterar a percepção de qualidade? Wilcox diz que o “elemento surpresa” é parte desta razão.
Para o vinho? Basicamente a mesma coisa.
Os clientes de uma loja de bebidas não foram informados da origem do vinho antes de saboreá-lo e ambos foram rotulados por U$ 15,99, e o resultado: 64% dos clientes disseram preferir o vinho da Índia, sem tanta tradição, ao vinho italiano, que produz vinhos muito finos.
Já na outra parte do teste, quando foram informados antes de provar a bebida, a quase-unanimidade votou no italiano, assim como o esperado.
Podemos ser assim tão fáceis de enganar? Parece que sim...
E isso é confirmado com tantos outros estudos que mostram que o custo pode influenciar muito no julgamento, pois o mais caro é melhor, certo? Para o vinho mesmo, há pouco tempo tantos sites divulgaram matérias sobre este tema. O vinho mais caro é mais saboro que o mais barato?
Neste sentido, apenas completo a matéria do crítico Robin Goldstein, que publicou seu estudo no Journal of Economics Wine, envolvendo centenas de participantes. O que a pesquisa revelou? Confirmou que os vinhos caros são, em sua maioria, apenas caros. Esta pesquisa dele foi muito atacada, incluindo jornais de peso.
De fato, um vinho de alta qualidade por um grande montante de dinheiro não vai necessariamente traduzir seu gosto para o consumidor médio.
Tudo isso me leva a uma conclusão lógica: A real percepção do gosto depende unicamente ao que ela foi apresentada antes. Nas entrelinhas: Informação ou qualidade?
O consumo é psicológico. Justo, pois o prazer também. 

Fonte: ABC News

2 comentários:

  1. Vamos beber vinhos baratos!!!
    Vai um sangue de boá aí!
    Hehehe!
    Abraço!

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  2. Vinhos baratos, tudo bem. Mas não precisamos chegar no nível do franco-brasileiro Sangue-de-Boá!
    rsrsrsrs
    Abraço!
    Gustavo

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